BALDIM
HISTÓRICO E INFORMAÇÕES
HISTÓRICO


Não se tem conhecimento dos desbravadores da região onde se situa o Município, nem dos seus primitivos habitantes e nem se encontra no mesmo, qualquer indício da existência de índios em epocas anteriores. A primeira notícia do povoamento primitivo do território, remonta à época em que os terrenos foram divididos em três grandes sesmarias, pertencentes à Zebelê de Tal, que denominou-se " Terras do Zebelê " . Zebelê de tal, por morte, doou todas as suas terras ao Convento de Macaúbas ( Município de Santa Luzia), que, vendidas, deram origem a inúmeras fazendas, centenas de sítios e ás sedes distritais de Amanda e São Vicente. Outra parte, pertenceu á D. Quitéria de Tal, viúva, que se casou já com 80 anos de idade. Pouco depois faleceu, tendo seu esposo, o jovem Capitão Bernardino Martins de Almeida, recebido as terras por herança. Não se sabe a origem de D. Quitéria. Já a terceira sesmaria, a mais fértil do Município, pertenceu a um sitiante de nacionalidade portuguesa. Segundo alguns, era conhecido como " Preto ". Segundo outros, era Ubaldino ou Balduíno de Tal. A Sesmaria de Ubaldino ou Balduíno, após sua morte se subdividiu , também, em inúmeras fazendas, sítios e povoações. Desconhece-se, também, se os três primeiros proprietários das terras do Municipio, desbravaram as, ainda devolutas, ou se as adquiriam. Posteriormente, com a morte de D. Quitéria, seu esposo, o Capitão, também lusitano, Bernardino Martins de Almeida herdou as terras, e em cumprimento de um voto religioso, que era o sonho de sua esposa, foi este português que, enriquecido, edificou ás expensas próprias, a igreja que hoje é a Matriz da Cidade, doando para isto, 18 alqueires para a Igreja. A construção do referido templo iniciou-se em 1853. Com isto começaram a surgir , em seu redor, as primeiras habitações e algumas tavernas em pequenas glebas doadas pela Igreja, ás pessoas vindas de diferentes regiões e que, pela facilidade de se instalarem, passaram a residir alí. Com o passar dos tempos, a constante movimentação de tropas e passageiros, a salubridade do clima, a beleza da paisagem e as facilidades de instalação, atrairam novos moradores. Capital Bernardino não viu o fim da construção daquele templo católico, porque veio a falecer em 1860, o que só ocorreu, em 1873. Ainda no século XIX, por iniciativa do Cel. José Dias de Carvalho, fundou-se a Fábrica de Tecidos de São Vicente, com 93 teares, movidos á água cujo maquinário foi trazido em carros de bois. Os lucros escassos e o alto custo de produção levaram a iniciativa ao fracasso, fechando-se a fábrica e deteriorando-se todo o patrimônio. Em 1891, a Fábrica de São Vicente foi adquirida pela Companhia Fiação e Tecidos Cedro & Cachoeira, reiniciando as atividades fabris. A cidade de Baldim foi fundada, graças ao esforço, tenacidade e firme vontade do Capitão Bernardino Martins de Almeida, mascate de origem portuguesa, que se fixou na região por ter contraído nupcias.com D. Quitéria. Segundo dados do arquivo da Paróquia, a região teve o primitivo nome de Córrego da Canoa Rachada, denominação oriunda de uma canoa de tamanho avantajado, construida por faiscadores de ouro do Rio das Velhas e que se rachou antes de ser utilizada e foi abandonada ás suas margens. Posteriormente, a região passou a ser chamada " Pau Grosso", oriundo de enorme árvore, um jequitibá gigante, que abrigava os tropeiros que passavam pela região, rumo ao norte. Esta denominação foi conservada por longos anos, permanecendo mesmo após a criação do distrito. Atualmente, o crescimento do município teve como alicerces a indústria têxtil e a cultura do algodão, no distrito de São Vicente. Com a construção da estrada de ferro Belo Horizonte-Sete Lagoas e a Rodovia Belo Horizonte-Serro, incrementou-se a atividade agrícola e pecuária, ocupando, também, lugar de destaque na economia do município. Atualmente, entre as demais atividades, têm predominância na economia municipal a agricultura, produtos hortifrutigranjeiros, ( de posição de destaque, no fornecimento para a CEASA/MG), a pecuária leiteira e a grande produção de doces artesanais e industrial de alta qualidade, que tem contribuido para elevar o progresso do município e ser reconhecida como " Terra do Doce". Ressalta-se as industrias de doces, que abrem um novo horizonte para as famílias rurais, ou seja, aumento da produção de frutas para atender o mercado interno com reflexos na fixação do homem no campo, maior oferta de emprego, aumento da renda familiar, enfim, a melhoria da qualidade de vida da população baldinense. Verifica-se, assim, que o Município de Baldim, ao contrário da quase totalidade da realidade brasileira, grande parte da população, ainda vive do meio rural.

O nome Baldim surgiu em 1917, sendo a deturpação pelo povo do nome de Ubaldino ou Balduino, nome de um dos primeiros moradores do Município, que segundo consta, era um português que morou no extremo do município durante muito tempo. O Municipio de Baldim, ocupando uma área de 446,01 Km2, está localizado á margem do Rio das Velhas, na zona metalúrgica do Estado de Minas Gerais, na Mesorregião do Centro Leste Mineiro, na Micorregião Calcários de Sete Lagoas. Com referência a bacias hidrográficas e rios, o Municipio de Baldim é muito servido neste aspecto, com abundância de água. Entre os seus ribeirões, destacam-se a sub Bacia do Córrego Grande ou Trindade, contribuindo para o desenvolvimento agropecuário dos distritos de São Vicente ,Amanda, povoados de Vargem Grande, Botafogo, Mucambo, sendo banhado pelo Rio das Velhas . Conta-se, também, com afluentes importantes como o Córrego Pontal, Santa Cruz, Gentio, da Taboquinha, Azedo e Córrego Olhos Dágua, todos pertencentes a Bacia do Rio São Francisco. Entre os seus vários cursos dagua, destacam-se o Córrego Grande, que banha a sede do municipio, e o Corrego Trindade, que banha o distrito de São Vicente. O relevo caracteristico do municipio é o de alta superficie modelado em rochas proterozóicas, pertenfentes a Serra do Espinhaço, tendo sua elevação máxima de 1.105 metros, chamada de Serra de Baldim. O solo, na maior parte das propriedades , é de textura argilosa, com alta retenção de água e de baixa CTC ( Capacidade de troca de Cátions). A cobertura vegetal predominante na região é o Cerrado, formação herbáceo-lenhosa. A vegetação florestal ainda é encontrada como remanescente em algumas encostas e sob a forma de matas ciliares ao longo de cursos de água. Estas, se encontram bastante devastadas e, em grande parte, substituidas por pastagens. Deve-se priorizar a recuperação das matas de topo e mata ciliar para não comprometer ainda mais as nascentes e cursos dagua. Limita-se ao norte pelo Municipio de Santana do Riacho, ao sul pelos de Funilândia e Matozinhos; a leste, pelo de Jaboticatubas; a oeste, pelos de Jequitibá e Santana de Pirapama. Geograficamente, Baldim situa-se na área de inflência de Belo Horizonte e Sete Lagoas. Geomorfologicamente, o Município de Baldim acha-se inserido em duas unidades: Planalto de São Francisco e Depressão São Franciscana. Topograficamente, apresenta a maior altitude, 1.105 metros, a oeste do município - limite de Jequitibá - e a menor, 615 metros, a sudoeste, nas margens do Rio das Velhas - também limite com Jequitibá. Entre os principais acidentes geográficos destacam-se: Serra de Baldim, Rio das Velhas, Córrego Grande, Morro dos Angicos, Córrego Fundo e Rio Cipó. Este último, com nascente na Serra do mesmo nome, que serve também de divisa com o Município de Jaboticatubas. A sede Municipal tem como coordenadas geográficas: 16º 16' 48" de latitude sul e 43º 56' 54" de longitude W.Gr. Sua altitude é de 655 m. O clima é ameno, com temperaturas variando entre máximas de 24 e mínimas de 12 º . A religião predominante é a Católica Apostolica Romana, com crescimento das religiões evangélicas, tais como Assembléia de Deus, Batista, Evangelho Quadrangular, Pentecostal Deus é Amor, etc. São Bernardo é o padroeiro do município.

Fonte

IBGE Cidades. Histórico do município. Acessado em 05/04/2017.


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