Rio Manso se localiza na porção sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte, na chamada Zona Metalúrgica do Estado de Minas Gerais. O município conta com uma área de 231,540 Km2 e tem como principais acessos as rodovias federais BR-381 e BR-262, e as rodovias estaduais MG-050 e MG-040.A distância entre as prefeituras municipais de Rio Manso e de Belo Horizonte, sedes políticas dos municípios, é de 63 km.

A Figura a seguir traz a localização do município no contexto estadual e metropolitano, atualmente formado pelo distrito sede e pelo distrito de Souza.

Figura 1: Localização distritos, povoados e localidades, Rio Manso

Fonte: Equipe de Revisão Planos Diretores Municipais, 2017 – Dados IBGE, 2010

Além disso, o município conta com uma série de localidades e comunidades, muitas delas distantes da sede municipal, conforme pode ser visto no Quadro abaixo.

Quadro 1: Principais localidades e distância até a sade municipal

NOME DA COMUNIDADE

DISTÂNCIA (KM)

 

 

Areião

2,5

 

 

Atrás da Serra

16

 

 

Baú

7

 

 

Bernardas

5

 

 

Biquinha de Pedra

15

 

 

Bom Jardim

9

 

 

Bom Jesus

12

 

 

Cachoeira dos Macacos

6

 

 

Canelas

10

 

 

Camjerana

8

 

 

Capão

1

 

 

Coqueiro

4

 

 

Coqueiro de Espinho

6

 

 

Córrego do Monjolo

5

 

 

Grota do Gandu

3

 

 

Grotas

19

 

 

José Velho

7

 

 

Lamas

7

 

 

Limeira

8

 

 

Matinha

12

 

 

Monjolinho

14

 

 

Morro do Cedro

9

 

 

Morro da Onça

13

 

 

Perobas

4

 

 

Provisória

15

 

 

Quenta Sol

9

 

 

Sapé

8

 

 

Vargem Alegre

8

 

 

Vargem do Engenho

1,5

 

 

Várzea do Cruzeiro

3

 

 

Velozo

17

 

 

Ventania

2

 

 

Ventenas

7

 

 

Viamão

8

 

 

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Manso.

Rio Manso pertence ao vetor sudoeste de acordo com as tendências identificadas no PDDI e atualizadas no projeto do Macrozoneamento. O vetor sudoeste é marcado pelos desdobramentos do vetor de expansão industrial oeste sobre os demais municípios do entorno – principalmente ao longo dos eixos viários da BR-381 e pela MG-040 – e pelo processo de descentralização industrial que se reflete num espraiamento e numa diversificação da atividade industrial. Juntamente com esse processo se observa a expansão da urbanização de caráter periférico – conforme descrito no projeto do Macrozoneamento – e não raro precária e/ou informal nos municípios tanto do vetor oeste como do vetor sudoeste.

O vetor apresenta atividade metalúrgica e siderúrgica, mas também atividades das indústrias alimentícias, de bebidas e de móveis. No entanto, chama a atenção o aumento dos investimentos e projetos ligados a atividades minerária na última década ao longo da formação de serras do quadrilátero ferrífero. O crescimento dessa atividade no vetor influencia a dinâmica industrial, mas também põe em evidência um conflito crescente entre a atividade de extração mineral e a preservação ambiental, cultural (especialmente em relação às serras) e, principalmente, hídrica devido não somente aos reservatórios dedicados ao abastecimento da RMBH (como o de Rio Manso), mas também às áreas de recarga das principais bacias hidrográficas do vetor.

Rio Manso, no entanto, encontra-se mais afastado do centro dinâmico industrial do vetor sudoeste embora não deixe de sentir sua influência. Considerando-se a nova dinâmica imobiliária gerada pela reestruturação territorial da RMBH, pode-se verificar no município influência da urbanização periférica na forma de loteamentos destinados a sítios, chácaras e condomínios, revelando um espraiamento da pressão imobiliária. O município de Rio Manso também se insere como um importante produtor agrícola no contexto do vetor sudoeste, participando assim da rede de abastecimento alimentício da RMBH.

A principal inserção metropolitana de Rio Manso, no entanto, diz respeito à presença em grande parte do seu território da represa de abastecimento hídrico de Rio Manso. Ela evidencia a importância do município para a segurança hídrica da RMBH, mas também reacende o debate acerca do balanceamento dos ônus e bônus da prestação de serviços metropolitanos – especialmente os ambientais. Verifica-se, dessa forma, um conflito pelo uso e a ocupação do solo no município (especialmente do uso rural), uma vez que a represa ocupa grande parte do território municipal sem o recebimento de contrapartidas pela necessidade de preservação. Importa destacar também que tanto a represa como o patrimônio ambiental do município abrem potencialidades turísticas, mas também ressaltam a importância do conflito relativo desdobramento da atividade minerária nos municípios do entorno e a preservação hídrica e ambiental no município.


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