Caeté está situado na região Metropolitana de Belo Horizonte e integra o Quadrilátero Ferrífero. Faz divisa com os municípios de Taquaraçu de Minas, Raposos, Bom Jesus do Amparo, Santa Bárbara, Sabará, Barão de Cocais, Rio Acima e Nova União. Sua área total é de 542,531Km2.

O município dista 56 km da Capital Estadual, Belo Horizonte e seus principais acessos são através das rodovias BR- 381 e BR-262 e MG-435. Nos dias atuais o município é composto pelos distritos de Morro Vermelho, Antônio dos Santos, Penedia e Roças Novas, além dos povoados de Rancho Novo, Posses e Água Limpa (ver Figura a seguir), cujas distâncias até a sede municipal estão apresentadas no Quadro subsequente, segundo dados da Prefeitura Municipal.

Figura 1: Localização distritos, povoados e localidades, Caeté

Fonte: Equipe de Revisão Planos Diretores Municipais, 2017 – Dados IBGE, 2010

Quadro 1: Principais localidades e distâncias até a sede municipal

Nome da comunidade

Distância (km)

 

 

Morro Vermelho

10

 

 

Antônio dos Santos

30

 

 

Penedia

18

 

 

Roças Novas

15

 

 

FONTE: Prefeitura Municipal de Caeté.

O município de Caeté se localiza no vetor leste da região metropolitana segundo as tendências de reestruturação territorial apontadas pelo PDDI e atualizadas no projeto do Macrozoneamento. O vetor leste se caracteriza por um relativo isolamento em relação aos demais vetores da região metropolitana tendo uma relação de dependência muito forte com o município de Belo Horizonte. A porção mais dinâmica do vetor leste é a área conurbada com o município de Belo Horizonte e aquelas cortadas pela BR-262 e a BR-381 que se configuram como vias de passagem entre outras regiões do Estado, da RMBH e também regiões para fora de Minas Gerais. A dinâmica de trânsito de cargas nesse vetor é muito intensa pois ele é polarizado pela atividade econômica do Vale do Aço e do complexo portuário de Vitória/Turbarão. A dinâmica industrial mais diversificada também se encontra no entorno e em função da dinâmica desses dois eixos viários. O vetor leste também sofre pressões de duas dinâmicas imobiliárias: uma expansão da urbanização que se desdobra da dinâmica de urbanização periférica de Belo Horizonte; a do aumento dos loteamentos com destinação para pequenos condomínios e chacreamentos com objetivo de segunda moradia e moradia de lazer/final de semana.

O município de Caeté, no entanto, se encontra mais afastado de grande parte dessas dinâmicas que emanam da conurbação com Belo Horizonte e da diversificação industrial estimulada pelos eixos viários. Do ponto de vista da expansão urbana, a dinâmica prevalecente no município são os chacreamentos e a segunda residência, mas também verifica-se expansão urbana ligada a empreendimentos efetivados a partir do PMCMV que provocou grande expansão do número de domicílios no município. No entanto, em Caeté verifica-se outra tendência ainda mais marcante do vetor leste: a presença da atividade minerária e os conflitos com a preservação ambiental e hídrica, especialmente na Serra do Gandarela. Em Caeté verifica-se a presença da extração de minério de ferro e a previsão de novos investimentos de grande porte, especialmente com a implantação da mina Apolo. O conflito entre a preservação ambiental e a degradação causada pela atividade minerária se intensifica na Serra do Gandarela em virtude da presença de reservatórios de água de grande potencial para o abastecimento da região metropolitana.

Caeté também apresenta um grande potencial de atividade agropecuária – ligada principalmente a produção de orgânicos – com capacidade de atendimento microrregional bem como potencial turístico ligado não somente ao patrimônio cultural do município, mas também ao ecoturismo, explorando seu patrimônio natural (ligados a Serra da Piedade). Nesse sentido, no entanto, reforça-se os conflitos tanto com a atividade minerária como com a expansão urbana periférica no município.


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