A noção de sustentabilidade pode ser associada à capacidade de conciliação entre o bem-estar das gerações atuais e perspectivas positivas para as gerações futuras. Um processo de desenvolvimento que incorpore esse atributo deve ser direcionado à satisfação das necessidades e aspirações humanas. Assim, torna-se fundamental assumir a sustentabilidade como eixo estruturador de políticas, cuja proposta seja a construção coletiva de uma RMBH mais inclusiva e solidária, hoje e no futuro.

O Eixo de Sustentabilidade procura conferir ao processo de planejamento uma perspectiva intergeracional, levando em consideração as especificidades rurais e urbanas, a diversidade de manifestações culturais presente no espaço metropolitano e a importância da revitalização do patrimônio ambiental da RMBH. O uso responsável dos recursos disponíveis, a garantia da qualidade da gestão ambiental e a redução das desigualdades socioespaciais constituem, dessa forma, aspectos primordiais para a promoção da sustentabilidade.

Orientadas por essas diretrizes, as políticas aqui apresentadas dizem respeito a questões como a gestão, proteção e recuperação dos recursos hídricos; a universalização do saneamento básico; a gestão dos resíduos sólidos; a recuperação de áreas de interesse para a conservação e a intensificação do uso do espaço urbano. Além disso, contemplam a busca por um desenvolvimento produtivo sustentável na RMBH e seu entorno, apoiando indústrias de alta tecnologia e as micro, pequenas e médias empresas. Ainda nesse sentido, procura-se promover uma economia que funcione com baixos níveis de emissão de carbono e a consolidação de uma sociedade baseada no conhecimento e na inovação. Finalmente, consideram-se imprescindíveis instrumentos como os serviços ambientais e propostas de cooperação intermunicipal na implementação de políticas, de atualização da estrutura fiscal dos municípios e de capacitação para o planejamento e gestão na RMBH.

Em suma, as políticas que compõem o Eixo de Sustentabilidade pressupõem que o alcance da metrópole em que se quer viver e que se deseja legar às gerações futuras implica concebê-la como uma realidade que não se limita a nossa própria existência e cuja construção deve começar agora.