Notícias Pesquisadores franceses e da UFMG elaboram estudo comparativo entre as regiões de Nord-Pas de Calais e Metropolitana de Belo Horizonte

 
Pesquisadores franceses e da UFMG elaboram estudo comparativo entre as regiões de Nord-Pas de Calais e Metropolitana de Belo Horizonte

Pesquisadores do Instituto de Planejamento e Urbanismo de Lille, França, e equipe técnica do Plano Metropolitano realizam projeto conjunto para elaboração de estudo comparativo entre as regiões Metropolitanas de Belo Horizonte (RMBH) e de Nord-Pas de Calais. O objetivo é identificar práticas similares na resolução de problemas comuns no planejamento urbano e na recuperação e sustentabilidade de territórios mineradores.

O trabalho começou com Seminário Internacional sobre a Temática Metropolitana, promovido pelo Governo de Minas em 14 de fevereiro, no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, no qual foram apresentadas as linhas de pesquisa trabalhadas na Instituição francesa, a metodologia e propostas do Plano Metropolitana e iniciativas referentes à atividade mineradora implementadas por vários órgãos do governo mineiro.

De acordo com o diretor do IAUL, Philippe Menerault, a intenção é avaliar a realidade da RMBH e encontrar pontos em comum às ações de planejamento e recuperação desenvolvidas em Nord-Pas de Calais. A região francesa foi um pólo minerador relevante e entrou em colapso econômico, social, urbano e ambiental quando as minas se esgotaram.

Menerault ressalta que as iniciativas de reconversão das áreas mineradoras de Lille começaram na década de 80, com um projeto de recuperação desenvolvido pelo Instituto de Planejamento de Lille em parceria com o poder público e a iniciativa privada. O trabalho é desenvolvido com foco em ações culturais e de acessibilidade, transformando as áreas ociosas em moradias, parques, museus e comércio. Entretanto, apesar das grandes mudanças conquistadas em três décadas de trabalho, a região ainda é considerada frágil para os padrões franceses.

A experiência de Lille, apesar de estar em um estágio diferente da mineira, é uma fonte rica de conhecimento para o planejamento urbano e regional de Minas Gerais, pois mesmo que as expectativas sejam de crescimento latente da atividade mineradora na próxima década, a decadência gradual do setor e esgotamento das minas é certa.

De acordo com o coordenador do Plano Metropolitano, Roberto Monte-Mór, a parceria do governo mineiro com a instituição francesa vai ao encontro do trabalho que o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG desenvolve para a RMBH dentro do Plano Metropolitano, principalmente por fornecer fatos sobre os impactos do fim da atividade mineradora e trazer idéias já experimentadas de recuperação.

O estudo comparativo do planejamento territorial das duas regiões deve ser finalizado ainda no primeiro semestre deste ano e terá como foco os aspectos relacionados ao patrimônio, meio ambiente e transporte. O Atlas gerado pelo trabalho será uma ferramenta disponível aos atores do planejamento urbano e desenvolvimento sustentável de ambas as regiões.

 
   
           
   
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