Saúde, meio ambiente, saneamento e recursos hídricos PDF Imprimir

As áreas urbanas exercem fortes pressões sobre os recursos naturais, tanto em termos de insumos (água, solo, energia) quanto na forma de resíduos (resíduos sólidos, esgotos sanitários e industriais, poluição difusa de origem pluvial). A urbanização produz alterações significativas em termos de geração de escoamentos, influências locais sobre o regime de precipitações, formação de ilhas de calor e interferências sobre a circulação do ar, deterioração da qualidade de água dos meios receptores (córregos, rios, lagos), fortes interferências na paisagem, aumento de riscos de inundação e à saúde, entre outros impactos. Políticas adequadas para o uso do solo, ações de saneamento e de gestão de recursos hídricos apresentam um elevado potencial para mitigar esses impactos, podendo conduzir a um desenvolvimento urbano sustentável. Ações desse tipo repercutem-se de forma muito positiva sobre a saúde das populações, em razão de seu caráter preventivo, sobre a qualidade ambiental, sobre a redução de riscos “naturais” (inundações, saúde, deslizamento de encostas) e sobre a proteção do meio.

Os trabalhos desta área temática abordarão questões relacionadas à prestação dos serviços de saneamento (cobertura dos serviços e qualidade do atendimento, política tarifária e capacidade de pagamento, desempenho operacional, modelos de gestão, governança e controle social, economia de escala e formação de massa crítica para a gestão dos serviços na escala metropolitana), e às ações e instrumentos de gestão do saneamento com fins de proteção ambiental (economia de água e energia, controle de perdas de água nos sistemas de distribuição, fontes alternativas e reuso de água, proteção de mananciais, conflitos entre uso de solo e da água, sistemas de esgotamento sanitário, tratamento de efluentes e proteção de meios receptores, limpeza urbana, coleta, transporte, tratamento e destino de resíduos sólidos, ações de redução e de recuperação de resíduos, saúde preventiva). Serão igualmente considerados os aspectos do adensamento e da expansão urbana na escala metropolitana e seus reflexos sobre os recursos hídricos (pressões de demanda, processos erosivos e outras fontes de poluição), a geração de resíduos sólidos (tipos, transporte e fluxos na RMBH), a ocupação de zonas de risco (sanitário e à saúde, deslizamento de encostas, inundações), as pressões sobre a infraestrutura de saneamento existente. Será avaliado o papel das áreas verdes e das áreas de proteção ambiental como fatores de melhoria da qualidade ambiental e de redução dos riscos “naturais”.

Entre as principais propostas da área temática encontram-se: (i) a universalização do atendimento dos serviços de saneamento e o aprimoramento da governança das águas na RMBH; (ii) a gestão integrada de águas urbanas: integração entre subsetores (água, esgotos, drenagem), com a política de desenvolvimento urbano, no território (município, RMBH, bacias hidrográficas); (iii) a gestão integrada de resíduos sólidos urbanos; (iv) o planejamento, avaliação e atualização tecnológica em todos os subsetores, com ênfase em águas pluviais e gestão de resíduos sólidos; (v) controle e mitigação de riscos: zoneamento de áreas de risco, análise de vulnerabilidade e planejamento de contingência; (vi) efeitos de escala metropolitana: formulação integrada de políticas de saneamento e ambientais, treinamento e capacitação.

 
   
           
   
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